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Ana Castela: ‘boiadeira’ de 18 anos estoura ‘Pipoco’ na onda do sertanejo que exalta o agro
O toque do berrante abre o caminho e Ana Castela se apresenta: “Olá, rapazes, aqui é a boiadeira”. Assim começa “Pipoco”, música que desbrava o alto das paradas de streaming do Brasil.
Aos 18 anos, Ana virou ponteira de uma nova comitiva sertaneja. São artistas que cantam o orgulho do agro e misturam o “modão bruto” com estilos eletrônicos.
Junto dela estão artistas em ascensão como Luan Pereira, Léo & Raphael, DJ Chris no Beat e Us Agroboys.
“Pipoco”, atualmente em 4º lugar no Spotify do Brasil, rendeu memes sobre a dicção confusa de MC Melody, cantora convidada da faixa. Mas a dona da boiada é Ana Castela, ícone dos fãs novinhos que dançam de chapéu e bota no TikTok.
Ana Flávia Castela nasceu em Amambai (MS) e foi criada na vizinha Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai. Os avós tinham uma fazenda no lado paraguaio. Entre os dois países, a menina aprendeu a andar de cavalo, bicicleta e moto.
No início da pandemia, Ana começou a postar vídeos de covers no YouTube. O repertório era de pop, rap acústico e de cantoras sertanejas. Seus artistas preferidos eram Melim e Anavitória.
Mas o início não foi laico. “Gosto demais de cantar gospel. Comecei cantando mesmo na igreja. Tinha um coral com minhas amigas chamado Coração de Maria, quanto tinha 15, 16 anos”, conta.
Na toada dos agros
Ana Castela — Foto: Instagram da artista
A imagem que fez brilhar os olhos dos futuros empresários não foi de covers de gospel nem de pop. Ana postou um vídeo curto cantando “Mastiga abelha”, do sertanejo Loubet, enquanto andava de cavalo.
Rodolfo Alessi, compositor e cantor da dupla Fabinho e Rodolfo, descobriu que a menina era filha de uma amiga dele de Sete Quedas. Ele estava montando um negócio com Raphael Soares, da dupla Léo e Raphael.
Eles viraram sócios na produtora Agroplay, já de olho no novo filão das odes à pecuária e ao campo com modões modernizados.