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Anitta faz ‘pop TikTok’ no single ‘Boys don’t cry’, tiro decisivo no alvo norte-americano da artista

Capa do single 'Boys don't cry', de Anitta — Foto: Divulgação

Capa do single ‘Boys don’t cry’, de Anitta — Foto: Divulgação

Resenha de single

Título: Boys don’t cry

Artista: Anitta

Composição: AnittaBibi BourellyBurnsRami Yacoub e Sean Douglas

Edição: Warner Music

Cotação: * * * *

♪ Aposta de Anitta para tentar emplacar de vez no mercado dos Estados Unidos em 2022, o single Boys don’t cry é pop TikTok que ambiciona o público norte-americano consumidor da música de cantoras como Ariana Grande, Dua Lipa e – em um tempo já mais distante – Katy Perry e Britney Spears.

Música inédita lançada na noite de ontem, 27 de janeiro, em single e em clipe, filmado com elementos góticos sob direção de Anitta e Christian Breslauer, Boys don’t cry é pop formatado com sintetizadores que evocam o som da década de 1980. Até na opção por essa estética retrô, fincada sobre base sonora sintética, Anitta se alinha com tendências do pop mundial no início destes anos 2020.

De acordo com informações oficiais da gravadora Warner Music, a produção musical do single Boys don’t cry ostenta a grife de Max Martin, sueco glorificado por alçar cantoras (sobretudo as norte-americanas) ao topo do universo pop a partir dos anos 2000.

Já os créditos do single nos aplicativos de música indicam que a produção musical de Boys don’t cry teria sido efetivamente orquestrada por Burns e Rami Yacoub, pupilos de Martin, ambos também creditados como compositores da música ao lado de Sean Douglas, da alemã Bibi Bourelly e da própria Anitta.

A rigor, quem quer que tenha sido de fato o responsável pela produção musical de Boys don’t cry no estúdio, o single resulta eficaz. É como se Boys don’t cry fosse o tiro decisivo de Anitta para acertar o alvo, ou seja, o mercado norte-americano, ambição maior da estrela brasileira.

Para atingir o alvo, Anitta sabe que é preciso dominar a língua pop dos Estados Unidos. E essa língua não se resume ao inglês, falado sem sotaque pela girl from Rio.

No caso de Boys don’t cry, a cantora usa o inglês perfeito para dar voz à letra que demole estereótipos machistas ao apontar que, sim, homens choram e ficam frágeis diante de mulheres que dão a decisão, como Anitta.

O poder feminino é o único possível elo entre Boys don’t cry e os funks de cepa pop gravados por Anitta no Brasil, no início de trajetória fonográfica que contabiliza uma década em 2022.

No atual single do vindouro álbum Girl from Rio, inexistem quaisquer referências ao funk, à bossa da música-título do disco e mesmo aos gêneros musicais, sobretudo o reggaeton, com os quais Anitta vinha acenando para o mercado latino formado por países de língua hispânica. É pop norte-americano na veia!

Na discografia de AnittaBoys don’t cry parece funcionar como o single “é agora ou nunca” que determinará se a garota carioca, de suingue e marketing sangue bom, vai conquistar de vez – ou não – o público dos Estados Unidos e, por extensão, o planeta pop.

Os dados ainda estão rolando, a aposta é alta e Anitta sabe a carta que traz na manga e que agora põe na mesa, com a confiança que norteou a artista na condução vitoriosa da primeira década de carreira.

Anitta demole estereótipos machistas na letra de 'Boys don't cry' — Foto: Divulgação

Anitta demole estereótipos machistas na letra de ‘Boys don’t cry’ — Foto: Divulgação

Fonte: Mauro Ferreira G1

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