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‘BBB’ musical: como é o som de Linn da Quebrada, Naiara Azevedo, Maria, Arthur Aguiar e Tiago Abravanel

Se os cantores do “BBB22” fizessem um festival de música, seria a plateia com o público mais diverso do Brasil. A começar pelas duas cantoras mais ouvidas, com estilo quase oposto, do sertanejo padrão à eletrônica alternativa.

O “BBB” é um pouco “The voice” desde 2020, quando cantores invadiram a casa via camarote. Em 2022 são cinco cantores: Naiara Azevedo, Linn da Quebrada, Maria, Tiago Abravanel e Arthur Aguiar – exceto Naiara, todos também são atores.

O podcast g1 ouviu analisa a carreira musical de cada um. Ouça abaixo e leia mais a seguir.

Naiara Azevedo

 

Naiara Azevedo — Foto: Divulgação

Naiara Azevedo — Foto: Divulgação

Naiara de Fátima Azevedo tem 32 anos e nasceu em Farol, no interior do Paraná, terra do pernil à pururuca. Ela morava na fazenda, cantava no coral da igreja e foi estudar estética numa cidade maior, Umuarama.

Ela gostava de cantar e fazia shows em barzinhos da região. Em 2011, lançou um álbum independente, mas bem produzido, “Exclusividade”. O pop-rock sertanejo lembrava o do conterrâneo paranaense Luan Santana, então recém-estourado.

Naiara ainda se mudaria para outra cidade maior do Paraná e lá gravaria o DVD “Ao Vivo em Londrina” (2014). Este era mais bem produzido e tinha o som do “sertanejo pegação “da época, como o “funknejo” em parceria com Mr. Catra, “Mulher não trai”.

Em 2016, Naiara finalmente foi para Goiânia e gravou “Totalmente Diferente”, o DVD que tinha “50 Reais”. Foi o ano em que explodiu a paciência das mulheres de Goiânia com os homens sem vergonha – ou seja, foi o boom do feminejo.

O DVD teve outras músicas conhecidas, como “Ex do Seu Atual”. Mas nenhuma chegou perto do sucesso de “50 reais”, nem naquela época e nem até hoje na carreira dela.

A música dela que mais chegou perto do maior sucesso foi “Pegada que desgrama”, de 2017. A faixa tem o vozeirão da Naiara, mas um romantismo mais tradicional.

Linn da Quebrada

 

Linn da Quebrada — Foto: Wallace Domingues / Divulgação

Linn da Quebrada — Foto: Wallace Domingues / Divulgação

No início de 2020, Lina Pereira dos Santos estava altamente envolvida com o “BBB”, assim como o resto do Brasil. Ela se engajou tanto no paredão de Manu Gavassi contra Felipe Prior que prometeu lançar um álbum caso o brother fosse eliminado.

Prior perdeu, ela cumpriu a promessa e nasceu o “Pajubá Remix II”. Deste álbum saiu o o remix de “Tomara”, com o cantor Davi Sabbag, que acabou virando a música mais tocada da carreira dela. Ou seja, o maior hit veio na força da raiva do Prior, e graças ao BBB.

Todo esse envolvimento com o reality veio antes mesmo de ela ser participante. Lina, ou Linn da Quebrada, tem 31 anos e começou a se destacar na música em 2016, com as faixas “Talento” e “Enviadescer”, seguida por “Bixa preta”, em 2017.

Linn é travesti e uma grande ativista da comunidade LGBTQIA+. Ela nasceu em São Paulo, mas foi criada no interior do estado, entre as cidades de Votuporanga e São José do Rio Preto.

A artista vem de uma família religiosa e já foi Testemunha de Jeová até começar a trilhar um caminho no funk.

O álbum de estreia foi “Pajubá”, feito com financiamento coletivo e lançado em 2017. Um traço recorrente na carreira da Linn é ser direta nas letras e no discurso.

Em 2019 ela estreou na TV como atriz na série “Segunda Chamada”, da Globo, como a aluna trans Natasha. No mesmo ano saiu o documentário “Bixa Travesty”. O filme mostra a luta recorrente pela desconstrução de estereótipos de gênero, classe e raça, e foi premiado no festival de Berlim.

Em 2021 ela lançou o álbum “Trava Línguas”. É música eletrônica de vanguarda, para brilhar em qualquer festival do mundo. Linn está expressiva como sempre, e tem a produção de Badsista, DJ em ascensão que faz colagens de techno, mandelão, tambor de umbanda e mais.

Maria

 

Maria  — Foto: Victor Pollak/TV Globo/Divulgação

Maria — Foto: Victor Pollak/TV Globo/Divulgação

Maria é a artista menos conhecida do grupo do camarote. Ela interpretou a Verena em “Amor de Mãe” e já cantou em duas faixas da série de rap Poesia Acústica. “Sobre Nós” e Capricorniana. Somadas, as músicas têm quase 1 bilhão de views.

Vitória Nascimento Câmara nasceu na comunidade da Cidade Alta, no Rio, e tem 21 anos. Você leu certo: o nome de registro não é Maria, é Vitória.

Ela não explica muito bem o porquê desse nome artístico genérico, só diz que foi um nome que “a escolheu”. Antes era Maria Andrade, mas ela entrou no BBB só como Maria mesmo.

Ela entrou no teatro quando era criança, aos 7 anos. A ex-Vitória via a música como um trabalho complementar ao da atuação, mas foi seguindo.

Aos 15 anos, começou a cantar em barzinho e acabou conhecendo o rapper carioca Delacruz. Foi a partir dessa ponte que a Maria foi convidada para cantar naquelas duas faixas do Poesia Acústica.

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