Ao saírem da adolescência, os irmãos ficaram adultos e foram aderindo ao romantismo sentimental que se acoplou à música sertaneja naquela década, ampliando a absorção do gênero pelos centros urbanos. Foi investindo nessa vertente romântica que Chitãozinho & Xororó lançaram em 1979 o primeiro álbum realmente bem-sucedido da carreira, 60 dias apaixonado.
Batizado com o nome de música do compositor Darci Rossi (1947 – 2017) em parceria com Constantino Mendes, o álbum 60 dias apaixonado consolidou a carreira da dupla, desde então uma das mais populares do Brasil.
Os períodos áureos da carreira de Chitãozinho & Xororó residem nas década de 1980 e 1990. Em 1982, o sucesso fenomenal da gravação de outra música de Darci Rossi, Fio de cabelo, composta em parceria com Marciano (1945 – 2019), fez o oitavo álbum da dupla, Somos apaixonados, ultrapassar a marca do milhão de cópias vendidas.
Em 1989, o som de Chitãozinho & Xororó rompeu a barreira das FMs de cidades então refratárias ao som sertanejo, como o Rio de Janeiro (RJ). Até a casa de shows Canecão, templo carioca da MPB e do rock dos anos 1980, teve que abrir as portas para Chitãozinho & Xororó em 1990, ano em que a dupla consolidou a trajetória com a regravação de Evidências (José Augusto e Paulo Sérgio Valle, 1989), música lançada sem repercussão no ano anterior.
Chitãozinho & Xororó dominaram o mercado de música sertaneja ao longo dos anos 1990 ao lado das duplas Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano. A partir dos anos 2000, os irmãos foram superados nesse mercado pela geração do subgênero intitulado sertanejo universitário, à qual se seguiu a geração de cantores como Luan Santana e Marília Mendonça.
José Lima Sobrinho e Durval Lima perderam a supremacia mercadológica, mas nunca o respeito dos colegas e o carinho do povo brasileiro. Aos 50 anos de carreira, os irmãos permanecem em cena como vozes resistentes de um Brasil pop sertanejo que, mesmo distante do toque da viola, ainda soa orgulhosamente caipira quando o assunto é música de massa.