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Em conversa com Bial, Zeca Pagodinho fala sobre a quarentena: ”Eu nem sei que dia é hoje”
Na madrugada desta quinta-feira, 02, no Conversa com Bial, da TV Globo, o cantor disse que está com saudade das ruas e dos palcos e contou que o rendimento para compor reduziu na quarentena.
“Esse ano eu fiz umas quatro músicas. Para quem fazia quatro por dia, isso é bem pouco”, desabafou. “Tem dia que acordo muito triste. Eu moro em frente ao mar e não vejo mais ninguém na rua, mais nada, está tudo parado”.
“Rapaz, eu nem sei que dia é hoje. Não sei se é quinta, sexta, sábado ou domingo, tem dia que não sei de nada. Eu gostava de sair todos os dias, de ir na gravadora, no salão e está esquisito o bagulho”, disse ele, completando mais de cem dias de isolamento social.
“Que vida é essa, Bial? Eu gosto da rua, do botequim, da conversa fiada, do partido alto, da favela. Estou louco para cantar o meu samba e ver os meus amigos. Tenho saudade dos shows, dos aplausos e dos sorrisos. Eu fico esperando acordar um dia e alguém me dizer: ‘Acabou'”, questionou o sambista.
Em casa com as duas filhas e o neto, Zeca também falou sobre sua rotina na quarentena. Ele contou que tem assistido novelas e até leu o próprio livro, Zeca: Deixa o Samba Me Levar, escrito por Leonardo Bruno e Jane Barboza. “Outro dia eu li o meu próprio livro, que eu nunca tinha lido”.
O cantor também está com saudade de beber uma cervejinha no bar. “Hoje até sonhei que estava tomando uma cerveja em Xerém [em Duque de Caxias]”, comentou.