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Fresno se conecta com Lulu Santos em álbum que teve 42 versões até ser considerado pronto pelo grupo

Reduzido a um trio desde que o tecladista Mário Camelo pediu para deixar a banda e teve a saída anunciada em 24 de agosto, o grupo Fresno lança o álbum Vou ter que me virar nesta sexta-feira, 5 de novembro, com 11 músicas autorais gravadas quando Camelo ainda estava na banda.

Três faixas – Agora deixa (Lucas Silveira e Mário Camelo), Eles odeiam gente como nós (Lucas Silveira) e 6h34 (Nem liga guria) (Lucas Silveira) – já tinham sido apresentadas na sequência de lançamentos intitulada Inventário.

Entre as oito reais novidades do álbum Vou ter que me virar, Lucas Silveira (voz, guitarra, baixo e teclados), Gustavo Mantovani, o Vavo (guitarra) e Thiago Guerra (bateria) se conectam com Lulu Santos – convidado da gravação da música Já faz tanto tempo (Lucas Silveira), cujo título está em sintonia com o fato de a faixa já ter sido gravada há cerca de dois anos – e reúnem os californianos Alejandro Aranda (conhecido pelo nome artístico de Scarypoolparty) e Yvette Young na música Tell me lover, creditada a Lucas Silveira em parceria com Aranda.

Capa do álbum 'Vou ter que me virar', da banda Fresno — Foto: Camila Cornelsen

Capa do álbum ‘Vou ter que me virar’, da banda Fresno — Foto: Camila Cornelsen

Em Vou ter que me virar, primeiro álbum do Fresno desde Sua alegria foi cancelada (2019), disco que manteve a banda no trilho independente seguido em álbum anteriores como A sinfonia de tudo que há (2016) e Infinito (2012), faz “rock direto e livre” no conceito do baterista Thiago Guerra.

Parceria de Lucas Silveira com Arthur Joly, creditado como coautor por ter enviado o sample de bateria eletrônica que deu origem à música, Fudeu!!! é faixa criada para evocar a virulência do punk rock, com peso que reverbera na faixa final, Grave acidente (Lucas Silveira).

Já Casa assombrada é composição de tom mais reflexivo, escrita com inspiração em análises feitas em terapia pelo autor da música, Lucas Silveira, também criador solitário das músicas Caminho não tem fim e Essa coisa (Acorda-trabalha-repete-mantém), cuja letra versa sobre o cotidiano automatizado do ser humano na selva dos campos e das cidades.

E por falar em repetição, até ser dado como pronto pelo Fresno, o álbum Vou ter que me virar teve nada menos do que 42 versões.

Fonte: G1 Mauro Ferreira.

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