Se o mundo sertanejo perdeu em shows, encontrou nas lives o grande ovo de ouro que precisava para se manter na ativa. O maior expoente dessa nova safra de apresentações intimistas, na maioria, dentro de casa para quem está em casa, é Gusttavo Lima. O Embaixador, que fez na sexta-feira a terceira live da quarentena, tem as maiores cotas de patrocínio da categoria, e embolsou nesta última mais de R$ 3 milhões.
As cotas de Gusttavo variam de R$ 400 mil a R$ 1 milhão, esta sugestivamente chamada de cota Embaixador. Só na live na noite de sexta-feira, três marcas pagaram o valor máximo para terem seus logos estampados durante a transmissão, fora as inserções de merchandising e publiposts nos stories e feed do Instagram do artista, antes e depois do show.
Gustavo também recebe pelo número de visualizações e inscrições no YouTube, que monetiza os views para o artista que se apresenta através da plataforma. Na primeira, o cantor atingiu o número de 10 milhões de pessoas assistindo à live. Na segunda, este número foi cinco vezes maior. Com isso, os valores de propaganda e patrocínio também foram reajustados. Na primeira, a cota master custava R$ 500 mil.
Atrás de Gusttavo, estão apenas Jorge e Mateus, que têm cotas de patrocínio entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, além de apoio, cotas menores, de R$ 100 mil a R$ 200 mil. Felipe Araújo, um expoente da música sertaneja, que vinha bombando com shows no início do ano, ainda possui números modestos perto dos medalhões. As cotas vão de R$ 20 mil a R$ 100 mil na categoria master.
Por mês, Gusttavo fazia cerca de 15 shows. Cada um em média com cachés de R$ 700 mil em média. O que no fim daria R$ 10,5 milhões. Com três lives até agora, Gusttavo já chegou bem perto desse resultado, com muito menos trabalho e desgaste. Nem por isso a crise não o afetou. Gusttavo dispensou todos os seus divulgadores, cortou investimentos em rádio e demitiu funcionários.