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Integrantes do KLB sobre pausa de sete anos e retorno: “Cada um teve a chance de fazer coisas diferentes”

KikoLeandro e Bruno estão ansiosos para a chegada do dia 11 de junho, quando estreiam em São Paulo a turnê comemorativa KLB: 20 +2 Experience, que marca o retorno aos palcos da banda após uma pausa de sete anos. Maduros e com bagagens de realizações profissionais solos, os irmãos hoje priorizam algo que não conseguiam no auge da banda vinte anos atrás, devido a intensa rotina e a própria idade, aproveitar cada momento como se fosse o último.

“Quando lançamos o KLB foi um sucesso instantâneo. De cara, a música A Dor Desse Amor vendeu um milhão e meio de cópias. Era uma loucura. Eu tinha 20 anos, Leandro estava com 18 e o Bruno tinha 15. Por mais que a gente tenha aproveitado intensamente, eu gostaria de ter aproveitado ainda mais porque era bom demais”, comenta Kiko, aos 43 anos.

“Eu como era adolescente, que estava em formação. Eu era muito desligado e deixava tudo para os meus irmãos, só me preocupava em fazer a minha parte e pronto. Não participava do projeto de criação. Estava pensando em sair, fazer bagunça, coisas de adolescente. Hoje, tenho outra cabeça. Quero curtir cada segundo deste momento como se não houvesse amanhã”, explica Bruno, atualmente pai de Ravi e com 38 anos.

Leandro com Natália Guimarães e filhas (Foto: Instagram)
Leandro com Natália Guimarães e filhas (Foto: Instagram)

Para Leandro, de 40 anos, além da oportunidade de fazer o que mais ama, ele se anima por poder mostrar seu trabalho para as filhas, Maya e Kiara, de 8 anos, fruto de seu casamento com Natália Guimarães.

“É fantástico. Quando lançamos o mais recente álbum do KLB, minhas filhas tinham acabado de nascer. Então, na maior parte da vida delas, elas não me viram em atividade com a banda.  Agora que elas têm oito anos, estão vibrando com a volta. Elas amam música, cantam o dia inteiro e têm orgulho do pai delas. Com certeza vão estar em alguns dos nossos shows. Vai ser muito lindo isso”, vibra.

Kiko, Leandro e Bruno com os pais no auge do KLB (Foto: Instagram)

Kiko, Leandro e Bruno com os pais no auge do KLB (Foto: Instagram)

RETORNO DEDICADO AO PAI
A banda lança em breve uma canção inédita e, após a turnê, tem planos de gravar um novo álbum. Os três se emocionam ao contar que o retorno era um pedido do pai, o produtor Franco Scornavaccamorto em 2018.

“Meus pais sempre foram os maiores incentivadores que tivemos. Meu pai tinha muita vontade que a gente retomasse e fizesse essa turnê. Tudo o que estamos vivendo hoje, era um desejo dele. Se ele estivesse aqui, estaria pulando e chorando de alegria. Na verdade, ele está porque eu acredito na vida após a morte. Sei que ele está torcendo e vibrando pela gente. Ele sempre falava para a gente não deixava morrer isso dentro da gente, dizia que tínhamos talento”, recorda Bruno.

“É difícil falar qualquer coisa sem falar do meu pai. Ele sempre foi meu guia, minha referência profissional e pessoal, meu alicerce, orientador de vida e de carreira. A partida dele na vida pessoal foi devastadora e na profissional, gerou dúvida. Mas conseguimos encontrar uma equipe que traz essa segurança profissional que meu pai trazia”, conta Kiko.
“Meu pai quis muito essa volta, mas foi se adoentando e não conseguia mais tentar nos convencer. Estou de luto até hoje, mas a vida continua e preciso continuar fazendo o que amo, que é a música”, reforça Leandro.

“Esse reencontro era um desejo dele, que chegou a exclamar algumas vezes que a gente tinha que voltar, que a pausa era burrice. Hoje não vejo como burrice, foi uma pausa necessária para que a gente pudesse voltar hoje”, prossegue Kiko.

Bruno com Maria Luiza Prange e Ravi (Foto: Instagram)
Bruno com Maria Luiza Prange e Ravi (Foto: Instagram)

Neste tempo de pausa do KLB, Kiko se dedicou a produzir outros artistas e a sua empresa de turismo em Orlando. Leandro se dedicou à política e aos projetos solos musicais. Já Bruno, além de se dedicar à música eletrônica, teve uma trajetória vencedora como lutador profissional de MMA.

“Cada um teve a chance de fazer coisas diferentes, coisas que a gente não tinha de fazer com o ritmo que sempre foi o KLB”, explica Kiko.

Além da apresentação no Vibra São Paulo, que já está com os ingressos esgotados, a banda leva a turnê para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, São José (SC), Curitiba, Ribeirão Preto, Brasília, Natal, Recife, Salvador, Maceió, Manaus e Belém. Além disso, eles organizam meet & greet, que inclui acompanhar a passagem de som com músicas que não estarão no repertório, entrada preferencial, foto com os artistas e credencial exclusiva.

Kiko, Leandro e Bruno (Foto: Divulgação)
Kiko, Leandro e Bruno (Foto: Divulgação)

Como é voltar para essa rotina como ensaios, gravações, apresentações e compromissos entre irmãos? Sentiram dessa parceria?
Kiko: A gente sempre foi muito unido, desde pequenos, não só por sermos irmãos, mas por termos crescido neste ambiente musical. Estamos sempre juntos. Nossos amigos individuais sempre eram trazidos para o convívio da família e se tornavam amigos dos meus irmãos. Isso não mudou. Obviamente, a pausa na carreira, mudou um pouco os lugares dos nossos encontros, que antes eram também profissionais. A gente esteve junto praticamente todos os dias, seja para fazer churrasco, para jantar juntos, para ver os sobrinhos… A convivência não deixou de ser tão intensa como foi. Isso sempre foi muito gostoso. Tenho grandes amigos, que conheci como amigos do Leandro ou Bruno, até mesmo dos meus pais. Não diminuiu a nossa convivência.
Bruno: Sentimos falta dessa rotina de shows e viagens, mas a gente, quando deu pausa, estava ciente do que queria e do que cada um queria fazer. Foi muito tranquilo.

Kiko e Francine (Foto: Instagram)
Kiko e Francine (Foto: Instagram)

Neste período fora dos palcos, descobriram novas paixões?
Leandro: A gente seguiu fazendo muitas produções musicais. Também fui deputado em 2010 e de 2014 a 2015.
Kiko: Um deputado incrível por sinal. Fez muita coisa para quem necessitava. Quem dera existissem mais Leandros em cargos públicos.
Bruno: Sou uma pessoa sonhadora, gosto sempre de fazer tudo o que eu tenho vontade e vi preparado para fazer lutas de MMA profissional. Pratico artes marciais desde pequeno e  sempre treinei com profissionais do UFC. Não caí de paraquedas e fui muito feliz. Não tive nenhuma derrota. Agora levo isso só como estilo de vida, para ter saúde, para manter a cabeça no lugar. Tenho um projeto de música eletrônica. Sempre segui produzindo e fazendo música, participei de muitos festivais. É um projeto que vou tocar paralelamente.
Kiko: Sempre dividi minha vida entre o Brasil e Orlando, nos Estados Unidos. Eu e a Francine (Pantaleão), minha esposa, lançamos o Meu Destino Número 1, uma superempresa de turismo como programa de TV, rádio 24 de Orlando só com músicas dos parques, duas agências, podcast, aplicativo, site, blogs… Você encontra tudo o que uma precisa para viagem perfeita de Orlando. A gente traz de forma mágica o que eu e meus irmãos vivemos desde da infância. Também segui produzindo e escrevendo para outros artistas.

KLB (Foto: Divulgação)
KLB (Foto: Divulgação)

Vocês eram muito novos quando o KLB estourou. Como era viver uma vida “normal” de jovem sob os holofotes?
Leandro: A gente sempre conviveu com esse meio musical por causa do meu pai, que trabalhava com grandes artistas. Então, a gente já sabia o que esperar. Além disso, a gente tinha na família um alicerce, que não deixava a gente enlouquecer tanto. Existia as privações de não ir para balada, entre outros, mas a nossa alegria era estar no palco. Hoje podemos viver da música por causa disso.
Kiko: Foi um privilégio ter as oportunidades que tivemos, uma carreira definida, ser reconhecido por nosso talento e ter recursos financeiros. A gente é muito grato. Claro que algumas coisas eram mais limitadas. Queria ir para a balada, mas não podia… Eu estava naquela fase que a molecada era superativa, estava descobrindo muita coisa… Mas se você for pensar, a nossa vida era fazer as festas. A gente se divertia cantando e levando a alegria, ainda por cima, era remunerado por isso.
Bruno: Comecei com 15 anos de idade. Devo ter deixado de fazer algumas coisas, como ficar em casa (risos). Tenho uma família que cuida mesmo. Minha mãe sempre viajava com a gente, meu pai também estava sempre orientando a gente. Não vejo que eu tenha perdido a adolescência porque tive o privilégio que poucos têm de estar vivendo nesse meio, conhecendo o país todo, vendo reconhecimento do trabalho. Se tivesse que voltar para essa vida um milhão de vezes, voltaria.

Fonte: Portal Revista Quem

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