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Investindo no funk e sertanejo, Léo diz que música da Bahia está em um ‘momento ruim’
Na última semana, o cantor Léo Santana lançou o EP “Inovando”, que apresenta canções de funk e sertanejo. Contudo, não é de hoje que o baiano tem investido em outros ritmos. Ao G1, ele disse que as mudanças partem do momento desfavorável que vive o Axé. “Hoje é quase impossível [começar uma carreira no pagode]. Não vamos ser hipócritas. A música da Bahia tem vivido um momento muito ruim. Não há um artista que fale que está tudo bem”. Ainda ao periódico, o cantor elencou os maiores problemas que o fizeram chegar a essa conclusão. “Hoje rolam algumas parcerias, mas antes elas eram raras. Faltou um artista ser mais parceiro do outro. Baianos valorizam muito as coisas de fora da Bahia. Vejo isso de forma negativa porque acaba menosprezando a música local. Alguns artistas acabam fazendo canções pejorativas, que denigrem mulher. Isso também atrapalha muito. Eles pensam que fazer shows em Salvador já é o suficiente”, criticou. “Nunca pensei assim. Sempre quis invadir o mundo, queria ser o Michael Jackson”, diz Léo, que se vê como o último de sua geração a ser lançado no mercado baiano. Apesar das mudanças, ele ainda se reconhece enquanto pagodeiro. “Meu método de shows é do pagode”. Porém, definiu-se como um artista “ousado”. “É como Thiaguinho, que se renova, se permite cantar outros sons, coisas mais acústicas. As pessoas me conhecem através disso. Alguns dizem que o Léo não toca mais pagodão. Acabam generalizando porque a mais escutada é a faixa sertaneja. Mas é só prestar atenção, lá [nos discos e nos shows] também tem meu pagode. Precisamos colocá-lo em mais lugares do Sul, que não conhecem o ritmo”, finalizou.