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Morte de Chrystian cala uma das vozes mais potentes do universo sertanejo

 OBITUÁRIO – A morte do cantor goiano Chrystian na noite de ontem, em hospital da cidade de São Paulo (SP), cala aos 67 anos uma das vozes mais potentes do universo sertanejo. Embora fizesse a segunda voz na dupla formada em 1983 com o irmão Ralf, Chrystian sempre foi reconhecido pela técnica vocal.

E, por mais que possa parecer estranho o fato de o artista morrer aos 67 anos quando celebrava nada menos do que 60 anos de carreira, o fato é que o cantor desde cedo pôs os pés na profissão.

Nascido em Goiânia (GO), José Pereira da Silva Neto (3 de novembro de 1956 – 19 de junho de 2024) começou a cantar ainda na infância, primeiramente acompanhando os pais em serestas e depois, com seis anos, se apresentando em clubes da cidade natal quando ainda era conhecido como Zezinho.

Quando já morava em São Paulo (SP), Zezinho virou José e, um tempo depois, José virou Chrystian, intérprete de baladas lacrimosas veiculadas em trilhas de novelas exibidas pela TV Globo nos anos 1970.

Sim, nessas seis décadas de trajetória como cantor, Chrystian teve duas identidades artísticas em universo musicais bem distintos.

Para quem ouviu o cantor a partir da década de 1980, Chrystian era a segunda voz da dupla sertaneja com o irmão Ralf Richardson da Silva, conhecido somente como Ralf. Descontada a breve separação ocorrida entre 1999 e 2001, a dupla surgiu em 1983 e permaneceu em cena até 2021, ano em que Chrystian iniciou carreira solo.

Nesse longo período, Chrystian & Ralf – dupla que adicionou toque do country norte-americano às tradições sertanejas do Brasil – emplacaram sucessos como Chora peito (1986), Ausência (1987), Saudade (1988) e Nova York (1989) ao longo dos anos 1980, década do auge artístico e comercial do duo dos irmãos, que voltaram ao topo das paradas em 1996 quando gravaram Mia Gioconda com Agnaldo Rayol para a trilha da novela O rei do gado.

Antes da dupla com Ralf, Chrystian cantou em inglês na década de 1970 e, embora hoje seja menos lembrada, essa fase da carreira também é importante. Foi quando as gravadoras acreditavam que, se camuflassem a identidade nacional de cantores brasileiros com nomes e canções em inglês, o sucesso nas rádios e o apego do público seriam mais fáceis.

Fonte: G1 Mauro Ferreira

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